RESPEITEM MEUS CABELOS, BRANCOS.

O racismo é a pior das ignorâncias e o maior preconceito que o homem pode ter. Num contexto mais amplo, o preconceito racial vem desde os tempos mais remotos quando o homem ainda nem sabia “quem era” e os nobres (brancos) achavam que seus sangues eram azul.

 
É triste saber que após tantos anos essa mediocridade permaneça viva. Nas olimpíadas de 1936, quando Jesse Owens se encarregou de mostrar a Hitler que racialmente somos todos, sem exceção, iguais e de uma só raça, a humana, a máscara dos que se sentiam superiores caiu. Os alemães não contavam com a desventura dos negros americanos. E das doze medalhas de ouro conquistadas pelos americanos no atletismo, nove se deviam a vitórias de atletas negros. Hitler não cumprimentou nenhum deles, transferindo a tarefa a membros do Comitê Olímpico... Ele saiu do estádio após ver o americano subir três vezes ao pódio para receber suas medalhas de ouro. Owens desbancou o alemão Lutz Long, que era, até então, a promessa de mostrar ao mundo todo que os arianos eram superiores.

Mas o racismo persistiu fortemente no resto do mundo e no próprio EUA depois da segunda grande guerra. Praças, bairros, bancos e banheiros eram separados para brancos e negros. Ao subirem cidadãos brancos nos ônibus, os negros deveriam ceder seus lugares e ficar em pé. Isso desencadeou em revoltas por parte dos negros que criaram seus “partidos” para defender-se da Polícia que os repreendia, os mais famosos são os movimentos do “Black Power” e “Black Panthers” que escandalizavam com seu estilo de vestimenta e seus cabelos exaltados.

Entretanto, o episódio mais triste não ocorreu nos EUA. Em 1948, quando foi decretada as leis do Apartheid na África do Sul, a população, cerca de 70% negra, passou a viver um terror na mão dos neerlandeses e britânicos. As restrições sociais eram obrigatórias perante as leis, e os “não-brancos” não podiam votar nas eleições diretas e eram excluídos do governo nacional, podendo, então, só votar em instiuições segregadas que não tinham poder nenhum. Os negros eram impedidos de certos empregos e o mesmo era proibido também de empregar brancos. A polícia, Sjambok, era temida e responsável pela varredura dos negros “ilegais” nas áreas brancas. A precariedade das áreas em que os negros viviam era tanta que não havia saneamento, eletricidade ou hospital decente. As ambulâncias ditas “brancas” não transportavam feridos negros. O sexo inter-racial e até as praias, segregando só as melhores, eram proibidas aos negros.




Entre essas e outras dezenas de leis absurdas nasceu o símbolo de uma conquista para um povo oprimido: Nelson Mandela. O principal representante anti-apartheid e o maior guerreiro de luta pela liberdade que já existiu. Mandela indignado com a situação em que se encontrava a sua nação, uniu-se a CNA (Congresso Nacional Africano), questionava as leis e organizava passeatas contra o governo, era contra a violência e luta armada até ocorrer o famoso Massacre de Shaperville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180. Depois do fato, Mandela aderiu a luta armada junto dos seus companheiros. A sabotagem era a força do grupo. E, em 1964, Mandela foi preso e condenado à prisão perpétua por planejar ações armadas e sabotagem contra o governo.




Assim que o Apartheid se deu por terminado, em fevereiro de 1990, Mandela foi solto e recebeu o Nobel da Paz em 1993. Logo após, em 1994, foi eleito o primeiro presidente de uma eleição multi-racial da África do Sul.

Contudo, o que é realmente deplorável é que uma boa parte das pessoas que lerem tudo o que foi escrito aqui, ainda haverá pessoas formando um pré-conceito, seja em relação à raça ou religião. Mas então fica a pergunta: não seria melhor formar um pós-conceito? Seja subversivo – Leia mais!

2 comentários:

Anônimo | 30 de setembro de 2009 às 18:13

Esse termo pré-conceito foi um dos primeiros contatos com a morfologia das palavras.
É inadmissível que ainda pensem que a raça seja critério para entrar ou não, participar ou não.
Esse é um dos motivos pelos quais discordo das cotas para negros em universidades públicas, mas isso seria assunto pra no mínimo duas horas de conversa... hehe =)

Mais um talento com a escrita, hein?!
Informação..

:P

Beijoo ;*

Anônimo | 30 de setembro de 2009 às 18:14

meus primeiros contatos*
retificando..

:P

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"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." (Charles Bukowski)