AGORA VÁ QUE EU NÃO PRESTO
"Cape Cod pela Manhã", por Edward Hopper
E agora, o que somos nós?
Duas lembranças de um tempo feliz?
Duas crises de um amor sem raiz?
Ou a sombra do medo ou do sofrimento?
E agora, não há pano que estanque o sangramento
Não há vestígios de outrora
Não há no rosto sorriso que vigora
Não há razão nem porque.
E agora, você?
Ou a sombra do medo ou do sofrimento?
E agora, não há pano que estanque o sangramento
Não há vestígios de outrora
Não há no rosto sorriso que vigora
Não há razão nem porque.
E agora, você?
Que sempre esteve tão confusa
Também me petrificou com o olhar da medusa
Com sua indecisão e medo de viver.
E agora, o que esperas de mim?
Um cartão sem limites
Um cara com dinheiro e poder
Um carro do ano ou sei lá mais o quê?
Também me petrificou com o olhar da medusa
Com sua indecisão e medo de viver.
E agora, o que esperas de mim?
Um cartão sem limites
Um cara com dinheiro e poder
Um carro do ano ou sei lá mais o quê?
E agora sofro por te odiar
Por ter levado de ti o teu pior.
E trago tudo no meu peito tão só
Trago tudo num peito sem dó.
Vá que eu não presto
Se um dia te protegi com a mentira, amor
Foi só porque eu vi que no playground
A paixão brinca de dor
E que o amor é o caminho pro sofrer.
As flores que colhi no teu jardim
Eu plantei sobre o asfalto
Que é para ficar seco dentro de mim
O que sobrou do tal passado.
Agora vá
Diga a seus pais que eu lhe deixei
E que eu não presto
E sem virar a folha para trás
Se esqueça de mim
Porque eu não presto.
Não se preocupe comigo
Se eu me perder, sei me achar.
Posso até ficar sem rumo
Sem abrigo
Mas o meu norte
Sempre será o bar.
por Diego Bruno da Silva Pereira
1 comentários:
Valeu pela homenagem, modéstia à parte é lindo essa poesia. Tive que ter muita dor de cotovelo pra poder escrever isto.
Valeu, my love, por tudo.
P.S: Te amo muito brou
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