Chronus

Sábado, 17 de Janeiro de 2008 :. 00:15 hs.
Outro dia citei minha correlação com a morte. Me furto pensando em como morrerei, ou quais serão as minhas condições na hora em que a morte sugar-me o último suspiro. É meio instigante pensar nisso, porque sempre trouxe comigo esse pessimismo de que minha passagem pela vida seria breve. Não estou sendo Byroniano - nunca desejei a senhora da foice -, muito pelo contrário, sempre quis viver, sempre gostei dos estilos de vida mais alternativos e sempre admirei as pessoas mais ávidas, vorazes e com características marcantes.
Confesso também que tive paixões pelos vilões, vilões são inteligentes, planejam a morte do mocinho, enquanto que o mocinho não o faz, não o pensa, e só age quando o vilão lhe dá aquela brechinha para que o que é "correto" seja mostrado.
Sempre gostei de luas cheias, nem minguante, nem nascente. Cheia. A lua cheia é que é pra ser vivida, aproveitada em toda a sua circunferência. Eu sempre soube aproveitá-la ao máximo, só que sempre respeitando seus limites, a lua tem limite! O sol também tem um pequeno limite. A Vida tem limite. Tudo tem limite. E no tempo que o deus Chronus me permitiu, eu juro nao ter ultrapassado esse limite. A linha que circunda o limite é fina demais, uma maioria acaba até se esquecendo dela, ultrapassa e morre... Morre!
Sonho em deixar vários legados ainda nesse mundo, mas o sonho é sempre tomado pela sensação do perecer de uma vida tão cedo! Espero que nao passem de sensações. Por um lado pode ser até bom, afinal nao passa de uma sensação que me faz afrontar a senhora da foice.
E, eu sei que meus familiares sofreriam, 2 ou 3 meses de choro - principalmente maternal -, meus amigos chorariam por poucas semanas (a vida continua). Um mês depois já estariam todos (os amigos) normais e felizes como deve ser. Uma vez ou outra, lembrariam de mim quando estivessem sentados no bar, dialogando e comentando no meu nome e nas minhas brincadeiras para com eles.
Enfim, pararei de pensar nisso e viverei. Verei no que dará, verei...
1 comentários:
Só pode existir telepatia entre nós. Andei pensando nisso esses dias, e cheguei a conclusão que eu vivo pra mim. Ninguém quer mais a minha vida do que eu mesma. Pra descobrir novos ares, lugares, pessoas.., eu ainda quero aproveitar muito minha vida! Mas detesto até mesmo pensar que as pessoas não sofreriam tanto com a minha morte quanto eu, me sinto mais uma no mundo!
Acho que todo mundo já parou pra pensar nisso e Deus me perdoe pelo que eu vou dizer, mas aquele dia do quase-acidente, desejei por um minuto que tivesse acontecido, juro. Mas não por querer sentir dor, mas por ver o que realmente era real. Na realidade, acho que nem eu sei porque isso passou pela minha cabeça. Mas passou!
Enfim, vamos viver Renato!
Falei demais :P
:*
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